quinta-feira, 8 de abril de 2010

PLR: Ferramenta Estratégica para Motivação

Ainda que a PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) já esteja institucionalizada nas relações trabalhistas do Brasil por meio da Lei no 10.101/2000, muitos empresários brasileiros ainda a vêem como “bicho papão” em suas organizações. Isto por considerarem-na mais como um “custo” em seu negócio do que um “investimento”, remando contra as tendências inovadoras na gestão de pessoas.

As organizações modernas e competitivas têm em mente que não basta possuírem alta tecnologia ou melhores processos de fabricação. É necessário ter pessoas preparadas, capazes e motivadas. Acreditam que pessoas são a mola propulsora de qualquer organização bem sucedida. Afinal, empresas não compram, vendem, fabricam ou negociam, mas pessoas fazem isso. Sabe-se que a obtenção de soluções rápidas e criativas com foco nos resultados é o sonho de qualquer empreendedor.

A capacitação tecnológica e alinhamento aos objetivos da organização são importantíssimos para o sucesso de qualquer plano de negócios. No entanto, não garantem a motivação necessária para a sua realização.

Dessa forma, a PLR figura como uma das ferramentas que completam as estratégias para gestão de pessoas, impulsionando-as rumo à realização dos objetivos propostos.

O compromisso com a redução de perdas, a redução de custos, a melhoria da qualidade e o conseqüente aumento do faturamento são exemplos do que se pode obter utilizando um bom plano de PLR na organização, pois atua como estímulo à motivação.

Por saber disso, as empresas multinacionais, em sua maioria oriundas dos Estados Unidos, já praticavam alguma forma de PLR antes mesmo do advento da Medida Provisória 794/94, que se constituiu na primeira tentativa prática de o Governo Federal imprimir maior competitividade à indústria brasileira, face à avalanche de importações e à quebradeira de empresas pouco preparadas para a abertura do mercado à globalização.

Assim, as “multis” já colhiam os benefícios de investir na motivação das pessoas antes mesmo da criação de uma Lei para regulamentar a matéria, sendo pioneiras na aplicação da remuneração variável por resultados.

O empresariado nacional precisa abrir os olhos no sentido de utilizar a PLR como ferramenta para alavancagem de seus negócios, ao invés de implantá-la apenas por força de Lei. Uma gestão participativa e metas desafiadoras, aliadas a um bom plano de ganhos variáveis, podem estimular as pessoas a darem mais de si.